Fórum Nacional Eólico inicia com debate sobre transição energética

A 16ª edição do Fórum Nacional Eólico foi aberta com um debate sobre a política nacional de transição energética. O evento é considerado o principal encontro político-econômico do setor eólico nacional e reúne autoridades e especialistas para debater os cenários atual e futuro do setor eólico no Brasil.

O encontro, promovido pela empresa VIEX, conta com a assinatura do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) no desenvolvimento programático e os apoios da Frente Parlamentar de Energia Renovável e também do Instituto Nacional de Transição Energética (INTE).

Durante a fala, o Presidente do CERNE, Darlan Santos, destacou que a primeira edição do Fórum Nacional Eólico foi palco para a assinatura da Carta dos Ventos, em 2009. “O documento, assinado por 10 entidades, foi um dos responsáveis por instruir o que a gente entende hoje sobre mercado regulado de energia”.

O primeiro painel contou com o Diretor-Presidente do CERNE, Darlan Santos; o Diretor-Geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa; o Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg; a Diretora de Políticas Brasil do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, sigla em inglês), Roberta Cox; e o Diretor de Interiorização do Desenvolvimento e Fomento à Indústria de Energias Renováveis da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, Tarcísio Branco.

Darlan Santos ressaltou que atualmente o Brasil possui mais de 30 GW em projetos eólicos instalados, além dos projetos em fase de construção ou ainda não iniciados. “Temos um mercado mutante que foi se transformando ao longo dos últimos anos e que hoje nos permite ver o setor de energia avançando”, afirmou.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa, destacou a evolução da matriz energética brasileira ao comparar os anos de 2001 e 2023. “O Brasil passou de 81 GW para 234 GW, uma evolução de mais de 189%, graças ao crescimento da diversidade de fontes energéticas”, ressaltou Feitosa.

“Esse é um setor industrial em que a política pública deu certo”. A declaração do Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg foi complementada por números impactantes: “Em função das políticas do BNDES, hoje essa tecnologia tem em torno de 80% de conteúdo nacional, tendo recebido, entre 2010 e 2020, em torno de R$110 bilhões em investimentos, gerando mais de 190 mil empregos”.

O primeiro dia do Fórum Nacional Eólico contou ainda com outros três painéis, com destaque para os debates sobre as políticas de apoio e desenvolvimento para energia eólica, com ênfase às perspectivas dos estados do Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul, fortes expoentes do setor eólico.

O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, esteve presente ao evento e apresentou projeções de investimentos e a expansão da energia eólica no estado. “Nós temos no Rio Grande do Sul, além do potencial eólico para alimentar com energia renovável uma planta de hidrogênio verde, uma demanda interna para reduzir os custos dessa produção”, disse Leite.

O primeiro dia do Fórum Nacional Eólico foi encerrado com debates sobre o papel do legislativo no aprimoramento regulatório do setor renovável e sobre receitas públicas, tributação e incentivos.

Enquanto os especialistas em tributação convidados destrincharam as normas atualmente em vigor para o setor energético brasileiro, o Senador Weverton Rocha e os Deputados Federais Júlio Lopes e Hugo Leal analisaram projetos de lei em andamento relativos ao setor de geração de energia renovável no Brasil e a expectativa da agenda regulatória verde no Brasil em 2024.

A 16ª edição do Fórum Nacional Eólico segue até a quarta-feira (14 de agosto),a partir das 9h da manhã, no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília. A programação completa está disponível no site https://www.viex-americas.com/eventos/fne/fne-2024/.

 

Fonte: Cerne

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